sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Inicio


Arquitetura gótica é um estilo arquitetónico que segundo pesquisas, é evolução da arquitetura românica e precede a arquitetura renascentista. Foi desenvolvido na França em pleno período medieval, onde originalmente se chamava "Obra Francesa" (Opus Francigenum). O termo 'gótico' só apareceu no final do Renascimento como um insulto estilístico.[1]
Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos culminantes da arquitetura pura. As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não apoiavam-se em muros e paredes compactas e sim sobre pilastras ou feixes de colunas. Uma série de suportes que eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuíam a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas foram excluídas dos edifícios de género gótico e foram substituídas por vitrais e rosáceas que iluminavam o ambiente interno.[2]
O estilo gótico ficou marcado em muitas catedrais europeias, entre elas a de Notre-Dame, Chartres, Colônia e Amiens, a maioria classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO. Muitas catedrais góticas caracterizam-se pelo verticalismo e majestade, denominando-se durante a Idade Média, como supremacia e influência para a população.


Contexto histórico

Por volta do século X o continente europeu estava em crise e o poder real estava enfraquecido, consequentemente sucedido pelo feudalismo. A França estava ameaçada de invasão e o povo buscou refúgio nas poucas e precárias fortalezas que no país encontravam-se.
Durante este período foram criadas esculturas, pinturas e outros meios artísticos exibindo o pânico pressentido pela população. Século depois, como a profecia católica não realizou-se, ocorrem uma série de fatos históricos como as Cruzadas, a construção das primeiras universidades e o enfraquecimento do feudalismo que embora não tenha sido extinto a princípio. Neste período surge um novo estilo artístico, arquitetónico e cultural, baseado nos estilos romanos mas que eram combinados com as novas tendências e necessidades: o Opus Francigenum ("Estilo francês"). A partir do ano de 1127, já era possível encontrar catedrais portando este género arquitetónico e anos após, o Estilo francês já espalhava-se por toda a Europa Medieval. Na França, a primeira catedral construída com o novo estilo foi a Basílica de Saint-Denis, localizado na região de Île-de-France, onde hoje fica Paris. Alguns anos após, o poder feudal é derrotado e o poder real toma a Europa novamente graças à burguesia e proletários. Com o retorno da monarquia a população adquire mais influência e para comemorar a série de fatos e acontecimentos, buscavam cada vez mas as igrejas e catedrais para cumprir com suas responsabilidades religiosas e agradecerem. Como o estilo arquitetónico românico era formado por pouca iluminação, os europeus buscaram o estilo francês (que é uma evolução arquitetónica da romana) para construir as novas catedrais e igrejas.


Períodos e evoluções góticas

Entre os séculos XII e XV, a arquitetura gótica sofreu diversas transformações arquitetónicas. Como o período medieval foi marcado pela supremacia da Igreja Católica, era muito importante aperfeiçoar as estruturas eclesiásticas para que os fiéis pudessem ter mais conforto e afeição com esta. Como o estilo gótico espalhou-se rapidamente por todo o Continente Europeu era necessário que este novo estilo arquitetónico trouxesse inovações técnicas. Durante quatro séculos, a arquitetura gótica desenvolveu-se radicalmente; os elementos de arquitetura foram aperfeiçoados, o interior das novas catedrais passaram a possuir luminosidade e também passaram a ser exuberantemente altas. Os quatro séculos góticos ficaram então divididos em quatro períodos, cada qual com inovações diferentes umas das outras.

Gótico Primitivo

Como o próprio termo revela, o Estilo Gótico Primitivo foi a primeira etapa arquitetónica do Estilo gótico. Seus traços característicos e seus elementos arquitetónicos são idênticos aos da arquitetura românica, consequentemente não trazendo novas expectativas na arquitetura da Europa. Como o gótico primitivo era muito semelhante aparentemente e estruturalmente, os problemas continuaram nos edifícios e em outros géneros de construções na Europa. As paredes eram muito espessas e pesadas, impossibilitando o implantação de vitrais ou rosácea, o que consequentemente, deixava o interior das estruturas góticas muito escuro; devido ao peso das abóbadas, era impossível construir catedrais, igrejas e abadias altas e majestosas e também, era necessário que houvesse um suporte para construir estes templos elevados. Durante este período, era possível notar que os arcos não eram precisamente pontiagudos e sim arredondados, conhecidos como meia-esfera.[13][14] Durante o século XII (1100 à 1200), a arquitetura gótica não sofreu muitas mudanças arquitetónicas e ficou conhecido como período de transição, pois as poucas inovações técnicas que ocorriam, demoravam anos para evoluirem-se.

Gótico Lanceolado

O período conhecido como Gótico Lanceolado (século XIII e XIV) foi caracterizado pelas drásticas mudanças na arquitetura e estilo gótico em toda a Europa. Durante este período, ocorreram inovações e desenvolvimentos nos elementos arquitetónicos, consequentemente, aperfeiçoando as construções que seguiam este estilo. As principais características do período lanceolado foram os arcos ogivais, que tornaram-se mais agudos e elevados; o verticalismo acentuou-se com o uso constante da divisão do peso das abóbadas; as construções passam a buscar como meio de iluminação, os vitrais; a decoração das fachadas tornam-se cada vez mais acentuada.

Gótico Irradiante

O Período Gótico Irradiante ocorreu de 1300 a 1400 e caracteriza-se, majoritariamente, pelas drásticas mudanças nos arcos ogivais. Como dito, o arco ogival mudou sua forma: de agudo para um triângulo equilátero. Ocorreram também mudanças em outros elementos arquitetónicos góticos como nas nervuras, que passaram a ser constituídas por elementos circulares; ocorre um rápido reavivamento do verticalismo; as fachadas continuam recebendo luxuosas decorações.

Gótico Flamejante

O período conhecido como Gótico Flamejante (também chamado de Flamboyant) ocorreu durante os séculos XV e XVI. Suas características mais marcantes foram os arcos ogivais, que passaram a ser formados por um triângulo obtuso, tornando-se menos agudo e que tende ao horizontalismo. Nas rosáceas e vitrais são empregadas curvas decorativas que lembram chamas, origem do nome Flamejante ou Flamboyant (que descende do francês).